Juliana Fabrisia Seibt e Mariana Cristina Oliveira Santos
Medicina Veterinária
Professores:
Cláudio Yudi
Ana Carolina
Displasia Coxofemoral
A displasia coxofemoral (DCF) é uma das moléstias mais frequentes encontradas nas raças de maior porte e de crescimento rápido, como o São Bernardo, Pastor Alemão e o Rottweiler.
Raramente é diagnosticada em cães com menos de 12 Kg. Apesar de apresentarem uma instabilidade da articulação coxofemoral (articulação do fêmur com a bacia), eles não desenvolvem as alterações ósseas típicas de cães mais pesados. A literatura cita a DCF também em gatos onde as raças puras são mais acometidas, ambos os sexos com a mesma frequência, comprometendo normalmente, ambas as articulações.
A DCF no cão é desencadeada por uma série de fatores, onde a hereditariedade é a mais conhecida entre os criadores. Contudo, fatores ambientais estão envolvidos na manifestação do fenótipo anormal, especialmente pisos lisos. A raça também vai influenciar o modo que a displasia se desenvolve, pois existe uma disparidade entre a massa muscular primária e o crescimento esquelético desproporcionalmente rápido, resultando em uma instabilidade articular. Esta instabilidade, por sua vez, levará a uma frouxidão articular, podendo ocorrer arrasamento da cavidade acetabular (local onde o osso fêmur se encaixa na bacia) e subluxação. Nesta etapa, o animal ainda pode não apresentar uma claudicação ("manqueira") ou rigidez evidente. Alguns animais jovens podem apresentar uma claudicação aguda após exercícios ou caminhadas, enquanto outros apresentam uma repentina redução das atividades e o aparecimento de uma sensibilidade nos membros pélvicos. Ocorrem alterações ósseas que desaparecem com a maturidade esquelética, e é onde encontramos animais assintomáticos, ou digamos que estão isentos de uma dor significativa.
Os cães que apresentam uma idade mais avançada acabam se encaixando num quadro clínico diferente, onde as pequenas alterações, aparentemente assintomáticas, evoluíram para uma doença articular degenerativa crônica, e o animal manifesta a sua dor se levantando com dificuldade, evitando caminhar e brincar, tornando-se triste, com seu humor e temperamento mudados.
Na DCF, temos uma classificação de acordo com a gravidade. Também de acordo com o grau da lesão há um tratamento, o qual será indicado pelo seu Veterinário.
O diagnóstico da DCF é realizado através de radiografia, sendo esta indispensável, levando-se em consideração que muitas vezes os sintomas clínicos não estão correlacionados com os achados radiológicos. Alguns cães com uma DCF moderado ou severa são assintomáticos. Na radiografia devem ser observados alguns procedimentos técnicos, como a idade do animal, contenção, posicionamento, identificação do paciente e a qualidade da radiografia.
-Displasia coxofemoral leve Categoria C (HD+)
-Displasia coxofemoral moderada Categoria D (HD++)
-Displasia coxofemoral severa Categoria E (HD+++)
Você pode tomar algumas providências para evitar ou minimizar os efeitos desta moléstia.
1. Controle de peso: no caso de um cão obeso, reduzir a ingestão de calorias
2 A natação é recomendada a partir dos 3 meses de idade, para desenvolver a musculatura pélvica.
3. Os filhotes podem se exercitar a partir dos 3 meses, de forma moderada.
4. Filhotes recém nascidos devem permanecer sobre uma superfície áspera, para evitar escorregões que forcem a articulação de forma errada.
5. Depois de desmamado, não deixe o seu cão em piso liso (vitrificado) .
Antes de comprar um cão, consulte um veterinário para ver se aquela raça está dentro das expectativas daquilo que você procura, e para orientá-lo quanto aos cuidados na hora da escolha.
Werner John Payne médico veterinário (CRMV SP 5034)
Fonte
http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=ortopedi.htm
Nos ossos longos, as extremidades ou epífeses são formados por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta. A diáfise é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando canal medular. As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea. No recém-nascido toda medula óssea tem cor vermelha, pouco a pouco com a idade, vai sendo infiltrada por todo tecido adiposo, com a diminuição da atividade hematógena.
O tecido ósseo primário não tem lamelas e é menos mineralizado.
Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida, tem menor quantidade de minerais e maior porcentagem de osteócitos do que o tecido ósseo secundário.
O tecido ósseo secundário apresenta lamelas.
É o tipo geralmente encontrado no adulto. Apresenta-se formado pelos mesmos componentes do tecido primário. Sua principal características é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas, que ou ficam paralelas umas as outras, ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos formando os sistema de Havers.
Formação do tecido ósseo (ossificação)
O tecido ósseo é formado ou por um processo chamado de ossificação intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral.
Ossificação intramembranosa
Surge no interior de membranas do tecido conjuntivo. Contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o crescimento em espessura dos ossos longos.
Os ossos se remodelam enquanto crescem.
O crescimento dos ossos consiste na formação de tecido ósseo novo, associada à reabsorção parcial de todo tecido já formado, deste modo, os ossos conseguem manter sua forma enquanto crescem. Nos ossos chatos crescem por formação do tecido ósseo pelo periósteo situado entre as suturas e na face externa do osso, enquanto ocorre reabsorção na face interna. Nos ossos longos as epífises aumentam também devido ao crescimento radial da cartilagem, acompanhado por ossificação endocondral. A diáfise cresce em extensão pela atividade dos discos epifisários e em espessura, pela formação de tecido ósseo na superfície externa da diáfise com reabsorção na superfície interna.
Quando fraturados, os ossos se reconstituem graças ás células osteoprogenitoras do periósteo e do endósteo.
A atividade dos osteoclastos e osteoblastos possibilita a remodelação dos ossos.
Apesar de sua resistências às pressões e da sua dureza, o tecido ósseo é muito plástico, sendo capaz de remodelar sua estrutura interna em resposta a modificações nas forças a que está submetido.
SINCONDROSE: São articulações nas quais existem movimentos limitados, sendo as peças ósseas unidas por cartilagem hialina. Encontram-se,por exemplo, nas articulações das costelas com o esterno.
SINDESMOSES: Estas articulações são, como as sincondroses, dotadas de algum movimento e nelas o tecido que une os ossos é o conjuntivo. Exemplo: articulação tibiofibular inferior.
DIARTROSES: São articulações geralmente encontradas unindo os ossos longos, dotados de grande mobilidade.
O mastócito participa da inflamação e tem um papel central na alergia.
É uma célula globosa, grande e com citoplasma carregado de grânulos basófilos. Eles secretam também alguns leocotrienos. São sintetizados a partir dos fosfolipídeos da membrana plasmática e imediatamente liberados para o meio extracelular. Produzem lentas contrações no músculo liso. As moléculas produzidas por ele atuam localmente, caracterizando uma secreção parácrina. Sua superfície contem receptores específicos para a imonoglobulina.
Célula adiposa:
É uma célula especializada no armazenamento de energia, sob a forma de triaglicerídeos.
A matriz extracelular é muito hidratada e constituída principalmente de proteoglicanas e glicoproteinas adesivas.
A matriz extracelular, ou substância fundamental do tecido conjuntivo é um gel incolor muito hidratada e transparente que preenche o espaço entre as células e as fibras do conjuntivo.
Essa matriz é formada principalmente por proteoglicanas e glicoproteinas adesivas. As proteoglicanas são compostos macromoleculares contituidas por glicosaminoglilcana sulfatadas ligadas por covalência às proteínas. Glicosaminoglicanas são polímeros lineares de peso molecular elevados. Formados por unidades dissacarídeas constituídas por um ácido urônico e uma hexosamina. As proteoglicanas exercem muitas funções, algumas servem de locais de ancoragem para o fator do crescimento fibroblástico e para outras proteínas que estimulam a proliferação celular. Fixando ou excluindo moléculas biologicamente ativas, as proteoglicanas influencias as células próximas. As moléculas das glicoproteinas adesivas contem uma parte protéica que se associa a glicídeos. Porem, ao contrário das proteoglicanas, há uma predominância da parte protéica e elas não apresentam os polissacarídeos lineares constituídos por unidades dissacarídeas contendo hexosamíneas. A fibronectina e a laminina são glicoproteinas adesivas do conjuntivo, biologicamente importantes.
O tecido conjuntivo denso é adaptado para oferecer resistência e proteção.
Essa variedade é formada pelos mesmos elementos estruturais encontrados no tecido frouxo, havendo predominância acentuada das fibras colágenas. Trata-se de um tecido menos flexível do que o frouxo e muito mais resistente a trações. Quando as fibras colágenas se dispõem em feixes arranjados sem orientação fixa o tecido chama-se denso modelado. Nesse tecido, os feixes colágenos formam uma trama tridimensional, o que confere ao tecido certa resistência as trações exercidas em qualquer direção. O conjuntivo denso não modelado é encontrado, por exemplo, na derme profunda da pele. O tecido conjuntivo denso modelado apresenta os feixes colágenos paralelos uns aos outros. Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta a trações exercidas num determinado sentido. As células orientam as fibras de modo a oferecer o máximo de resistência às forças que normalmente atuam sobre o tecido. Os tendões representam um exemplo típico de tecido denso não modelado.
Fonte: Livro: Histologia Básica
Autor:Junqueira e Carneiro
Capítulo: 5
9ª edição
Fotos: Livro: Histologia Básia
Autor: Junqueira e Carneiro; 9ª edição; capítulo 5
Livro: Histologia Veterinária Aplicada
Autor:William J. Banks; 2ª edição; capítulo 7
Fonte: Livro: Histologia Básica
Autor:Junqueira e Carneiro
Capítulo: 7
9ª edição
Fotos: Livro: Histologia Básia
Autor: Junqueira e Carneiro; 9ª edição; capítulo 7
Livro: Histologia Veterinária Aplicada
Autor:William J. Banks; 2ª edição; capítulo 8
As seguintes estruturas entram na sua formação: Superfície articular:as faces articulares são na maioria das ocasiões lisas,e variam muito quanto a forma.São constituídas de tecido ósseo denso especial.Em certos casos a superfície encontra-se interrompida por cavidades não articulares denominadas fóssas ou fossetas sinovias.
-Cartilagem Articular: é de natureza hialina que variam em espessura,tendem-se acentuar-se a curvatura do osso.As cartilagens articulares não são vascularizadas,são muito lisas e apresentam uma cor azulada no estado fresco.Elas diminuem-se os efeitos dos abalos e reduzem a fricção.
-Cápsula articular:é na sua forma mais simples,um tubo,cuja as extremidades inserem-se ao redor das superfícies articulares.Compõem-se de duas camadas:uma externa,constituída de tecido fibroso,e outra interna,a camada ou membrana sinovial.Envolvem as extremidades dos ossos.A camada fibrosa,insere-se junto às margens das superfícies articulares,como uma variável distância delas,e a cápsula consiste apenas da membrana sinovial.Os tendões que ultrapassam uma articulação podem substituir parcialmente a camada fibrosa.A cavidade articular está enclausurada pela membrana sinovial e pelas cartilagens articulares.Normalmente contém-se apenas uma quantidade suficiente de sinóvia para lubrificar a articulação.